sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Que Que É Isso Companheiro?

Aqui na agência de comunicação corporativa em que trabalho só se fala nisto. Entre as pessoas que do meio que sigo no Twitter também. A gafe do colega da Máquina da Notícia que trabalha na comunicação digital da Telefônica caiu como uma bomba. Não é para menos. No momento em que o setor (ou pelo menos os profissionais com visão de futuro) briga para que o mercado perceba que a gestão das mídias sociais pode e deve ser feita pelo PR, uma das grandes empresas deste segmento derrapa na curva. Um prato cheio para os críticos: será que as agências de comunicação corporativa não tem a competência necessária para desenvolver o conteúdo e fazer a gestão do Twitter, Facebook, Flickr. Orkut e demais ferramentas 2.0 de grandes empresas?

O blogueiro Gregori Pavan, com outros colegas, acompanhava uma entrevista coletiva pela internet com um executivo da Telefônica, ação desenvolvida e acompanhada pelos profissionais da Maquina, que também são os responsáveis pelo Twitter da empresa de telefonia. Lá pelas tantas, ainda durante a entrevista virtual, talvez por conta do perfil crítico do colega, Fábio Camargo, que trabalha para a Máquina no atendimento digital da Telefônica, soltou no seu Twitter pessoal “Pensem num cara CHATO: Gregori Pavan é o nome dele”.

Segundo Pavan narra em seu blog, o Fábio ainda fez outros comentários em resposta a afirmações de seguidores para, na seqüência, apagar tudo e bloquear o acesso do Pavan a seu perfil no Twitter. Enfim, uma atitude absolutamente irresponsável.

Sim. É espantoso que um profissional que atua profissionalmente com mídias sociais não saiba o potencial que elas têm. Será que o Fábio não percebeu que comentar sobre um blogueiro no Twitter é praticamente o mesmo que falar cara a cara com o cidadão? Ele achou, em algum momento, que tal comentário ficaria restrito a seus seguidores? Seria muita ingenuidade. Ou acreditou que, como escrevia num perfil pessoal, poderia fazer desabafos de questões profissionais, citando nominalmente um blogueiro, sem envolver seu cargo ou cliente? Tão ou mais inocente, não?

A Máquina publicou um pedido oficial de desculpas, que é o que se espera da empresa, mas, claro, a polêmica está no ar. Como a própria Carla Dazzi, diretora da Máquina Web comenta, o ocorrido é mais um aprendizado desta relação com as mídias sociais. Porém, parece que estamos aprendendo devagar demais.

O ponto é que os erros não são apenas de agências de comunicação corporativa, como a Máquina, mas de agências de publicidade digital (leia aqui sobre a e-crise Visa/Walmart) e diretores da empresas (caso Locaweb). E, normalmente, os grandes erros acontecem pela pura e simples descrença do que todos nós vendemos: o enorme potencial de viralização das redes sociais.

4 comentários:

  1. Só infantilidade explica isso. Não é possível que alguém que trabalhe com isso não saiba do poder de viralização da informação no twitter. Temos que acordar e saber que tudo que postamos pode ser acessado por qualquer pessoa e nos subestimamos ao pensar que ninguém irá ler o que postamos ou twittamos.

    MATEUS

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  2. Talvez ele tenha razão no que falou. E talvez você nem saiba do que está falando como, por exemplo, da procedência dos fatos. Melhor se informar direito antes de publicar textos assim. Conselho amigo: nunca - NUNCA - publique nada antes de ouvir os DOIS LADOS da história! Pois pode acontecer, como neste caso, de você acreditar em uma coisa que só uma pessoa creia que seja real. E, desculpe-me, mas desta vez.. você se enganou.

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  3. Julio Cesar,

    POr favor, nos explique então o que aconteceu de verdade. Todos queremos saber. O que relatei foi o que ví - o post do Pavan (com o print screan do tuíte do Fábio) e o pedido de desculpas da Carla, que oficializa o ocorrido (se fosse uma mentira do Pavan, porque a Máquina iria se desculpar?). Enfim, todos podem estar errados (eu em especial, que erro todos os dias e defendo o direito ao erro) e, se for o caso, por favor nos explique o que aconteceu.

    abs,

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