Elas revolucionaram a comunicação e o comportamento. Mas será que as redes sociais, assim como as conhecemos, têm vida longa? Num artigo para o Min Online (noticiário norte-americano que cobre os meios de comunicação e RP), Steve Smith relata a precária situação financeira de empresas como a Tr.im, que oferece gratuitamente o “encolhimento” de URLs (endereços de páginas na internet), essencial para que mensagens com links caibam nos 140 caracteres do Twitter – leia o artigo original, em inglês, no http://www.minonline.com/news/11826.html . Sem qualquer remuneração por parte do usuário, o modelo de negócio da TR.im previa faturar com a venda das informações que seu serviço lhe permite ter acesso: quais os links que as pessoas mais estão indicando aos amigos. Acontece que estes dados são conhecidos por diversos outros prestadores de serviço no web e não tem hoje o valor de mercado necessário para pagar a manutenção do serviço.
Ok. Se o Tr.im quebrar, o mundo das redes sociais continuará o mesmo. Até porque existem outros “encurtadores” de URLs, como o Bit.ly e o TinyURL. Mas a situação do Tr.im acende a luz amarela no maravilhoso mundo da nova mídia, onde o usuário não paga nada, as empresas (mesmo Twitter ou Facebook) ainda não conseguiram criar um sistema de remuneração lucrativo e o tamanho da rede só cresce. Vira e mexe, tenho problemas para atualizar minha home no Twitter. Alguns amigos perderam seus twetts mais antigos. E a cada dia milhares de novos usuários se penduram na rede.
Será que Mr. Obama, que se elegeu com a ajuda das novas mídias da internet e vê o Twitter, por exemplo, como um parceiro na tentativa de democratizar países como o Irã terá de oferecer um pacote de benefícios para salvar o setor? Ou os gênios do Vale do Silício encontrarão uma saída para, como ocorreu com o Google, gerar muito valor com serviços que hoje dão prejuízo? Para variar, não sei. Mas, neste momento em que todos começam a desenhar seu futuro contando com estas redes, eu teria um plano B na manga.
vi em entrevista que Mark Zuckerberg (criador facebook) pretende lucrar com publicidade, não uso facebook mas pelo que sei já tem publicidade não intrusiva, o que agrada o usuário e também li no site Amanhã uma entrevsita com um designer brasileiro que trabalha no twitter que: 'Apesar de ser um fenômeno mundial, o Twitter não gera lucro. Seria um erro dos fundos de investimentos que a sustentam? Nada disso. Trata-se de estratégia, diz Lourenço. "Nosso foco ainda é agregar valor, explorar a ferramenta, melhorar a experiência dos usuários", relata o designer. No entanto, ele admite que até o fim deste ano é bastante provável que novas ideias visando a rentabilidade do negócio sejam colocadas em prática.' A materia compelta está neste link http://www.amanha.com.br/NoticiaDetalhe.aspx?NoticiaID=f4b9fa2a-425a-402f-a595-7d80b028dbf0
ResponderExcluirAbraços, mateus d'Ocappuccino
Você tocou no problema número 1 das empresas de internet: monetização.
ResponderExcluirMuitas, como por exemplo a Tr.im, tem modelos inviáveis. (Esse é o caso da maioria dos URL shorteners, que fazem somente o redirecionamento.)
E em geral as redes sociais tem esse problema: vide o Orkut.
Eu acho que a solução é inovar. Você precisa de novos meios de monetização, meios consistentes.
O Facebook, por exemplo, adicionando uma pequena imagem aos seus anúncios e permitindo o geo-demographic targeting, conseguiu achar uma fonte de renda pro longo prazo.
O Twitter também tem bons planos e testando provavelmente vai chegar a uma boa solução.
O importante do ponto de vista financeiro e empresarial é ter um modelo viável de monetização desde o início, por mais que ele seja mudado depois. Empresas demais cometeram o erro de tentar crescer e crescer sem ligar pra monetização, rezando pra ser compradas pelo Google, Yahoo, ou Microsoft. Isso não funciona mais.
Abraço!